A relação entre o consumo excessivo de proteínas e possíveis danos renais tem sido estudada, porém não há estudos que comprovem que a alta ingestão de proteína alimentar cause danos renais em indivíduos saudáveis. De modo que mais estudos são necessários.
Porém, uma possível explicação para tal está no fato de os rins terem que eliminar o produto do metabolismo das proteínas, sabemos que os rins eliminam uréia, amônia e outros resíduos nitrogenados. Dessa forma o consumo elevado de proteínas vem a aumentar a taxa de filtração glomerular, ocasionando um aumento da pressão dentro dos glomérulos. Com o tempo, isso pode fazer com que a função renal seja prejudicada progressivamente
Apesar disso, alguns autores acreditam que essas alterações ocorridas na função renal devidas ao elevado consumo de proteína são adaptações fisiológicas normais do organismo humano, certamente que dentro de um limite da capacidade renal. Um bom exemplo é o que acontece com as gestantes, que precisam aumentar sua ingestão calórica total, com conseqüente aumento da proteína alimentar, e como conseqüência aumentam em 65% a taxa de filtração glomerular. Nem por isso elas estão em risco para desenvolverem doença renal.
Mas é importante lembrar que, mesmo não havendo comprovações científicas de danos renais com a ingestão elevada de proteína, podem ocorrer outros problemas.
Quando há excesso de proteína na circulação sangüínea, esse nutriente será degradado e depois armazenado na forma de gordura, contribuindo para o desenvolvimento da aterosclerose e doenças cardíacas. Também pode haver sobrecarga do fígado, por ser o órgão responsável pela metabolização de aminoácidos. Outro agravante é que o consumo em excesso de proteína causa aumento da excreção de cálcio e, portanto, diminui a utilização desse mineral.
Por: Nicolau Nunes
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