sábado, 29 de janeiro de 2011


A DC -rica em lipídios, moderada em carboidratos e pobre em carboidratos- existe como tratamento para epilepsia desde a década de 20. Desenvolvida por Wilder, a DC foi perdendo relevância com o advento de drogas antiepilépticas. Ao longo dos anos, esses tratamentos se mostraram menos eficazes do que esperado, então, nos anos 90, a DC foi resgatada como importante opção.

  • Quando ela é indicada?
Indicada no tratamento alternativo para epilepsia de difícil controle, a DC é comumente utilizada em crianças com idade superior a 1 ano.
Ela pode ser utilizada por pacientes de qualquer idade, sendo que quando aplicada em crianças menores de 1 ano, o controle deve ser mais rigoroso. Em adolescentes e adultos, seu resultado parece ser menos eficaz.

  • Qual o mecanismo de atuação?
Apesar de controverso, o mecanismo pelo qual se acredita que a DC suprime as crises é a influência no metabolismo cerebral causada pelo aumento na formação dos corpos cetônicos.
Os corpos cetônicos atravessam a barreira ematoencefálica e servem como substrato para o ciclo de Krebbs e a cadeia respiratória no metabolismo cerebral. Estudos indicam que essas substâncias protegem os neurônios inibindo a apoptose das células hipocampais.
  • Eficácia
Muitos estudos foram realizados acerca da eficácia desse tratamento. A maioria chegou ao resultado de que a DC proporciona uma melhora de 70 % na frequência das crises epilépticas. O que é um ótimo resultado, quando comparado a eficácia de 30% apresentada pelas drogas antiepiléticas.
  • Controle
Por esse tratamento ser uma dieta que restringe um grupo alimentar importante, ela pode ocasionar efeitos colaterais significativos, assim, é necessário que sempre haja acompanhamento profissional para a implementação e uso do tratamento.





 Por : Marcelo Matos

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